19/05/2025

Sérgio Cantú comenta bastidores de seus trabalhos mais recentes na Netflix

Dublador e diretor revela os desafios e bastidores por trás de Devil May Cry e O Nascer da Lua, duas novas apostas da plataforma no universo dos animes

Com mais de três décadas de carreira na dublagem, Sérgio Cantú volta a chamar atenção do público com sua participação em dois recentes lançamentos da Netflix: Devil May Cry e O Nascer da Lua. Atuando em frentes diferentes nas produções — direção e dublagem, respectivamente — o artista compartilha os bastidores e os desafios por trás desses trabalhos que reafirmam sua versatilidade e influência na dublagem brasileira.

Na adaptação animada de Devil May Cry, que chegou à plataforma em 3 de abril, Cantú assumiu a direção de dublagem da versão brasileira. A tarefa, segundo ele, exigiu um equilíbrio delicado entre fidelidade à obra original e uma adaptação fluida para o público local. “É uma série que carrega uma legião de fãs, então existe uma responsabilidade enorme em manter o tom, a intensidade e o estilo visual traduzidos em voz”, explica.

Já em O Nascer da Lua, lançado em 10 de abril, ele retorna ao microfone para dar voz ao protagonista Jacob Shadow — também conhecido como Jack — uma figura densa, cheia de nuances emocionais e conflitos internos. “Foi um trabalho que exigiu muita entrega. O Jack é um personagem silencioso, introspectivo, com camadas complexas. Minha missão foi fazer com que o público sentisse isso apenas pelo tom, pela pausa, pela respiração”, conta.

Cantú destaca também o prazer de trabalhar ao lado de colegas de longa data na dublagem deste projeto. “Em O Nascer da Lua, tenho o privilégio de dividir cena com grandes amigos e talentos como Fernanda Baronne, que dubla Rhys Rochelle, Raphael Rossatto como Georg Landry e Marco Ribeiro como Bob Skylum, com direção da querida Luiza Viotti.  Isso torna o processo ainda mais especial”, afirma.

Seu histórico fala por si: ao longo da carreira, emprestou sua voz a personagens como L em Death Note, William Vangeance em Black Clover, Aki Hayakawa em Chainsaw Man, Shinichirō Sano em Tokyo Revengers e Cadis Etrama Di Raizel em Noblesse. Fora do universo dos animes, é lembrado por dublar Sheldon Cooper (The Big Bang Theory), Andrew Garfield em O Espetacular Homem-Aranha e rostos como Zac Efron, Jesse Eisenberg, Elijah Wood e Shia LaBeouf.

Nos bastidores, também se destaca como tradutor e diretor de dublagem. Recentemente, comandou a versão brasileira da série X-Men ‘97, um projeto da Marvel que resgata o clássico dos anos 90 com uma abordagem contemporânea. Sua assinatura está presente ainda em produções como Interestelar, Guardiões da Galáxia, Capitão América: O Soldado Invernal, Mad Max: Estrada da Fúria e Star Wars: O Despertar da Força. Além disso, Cantú também assinou a direção de dublagem de obras que foram muito esperadas pelos como Deadpool & Wolverine que chegou aos cinemas em julho de 2024 e Thunderbolts, recém estreado nos cinemas.   

Para Cantú, cada nova produção é uma oportunidade de ampliar a potência da dublagem nacional. “A participação em projetos diversos, tanto na atuação quanto na direção, reforça a pluralidade da dublagem brasileira e sua importância como ponte entre o conteúdo original e o público local. É uma arte que exige entrega, respeito e sensibilidade”, conclui.


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Créditos: Imagem de divulgação