Casa de Cultura Cine Santana em São José dos Campos recebe espetáculo "Que Tal o Impossível?", inspirado na obra homônima de Itamar Assumpção
Espetáculo é apresentado pelo elenco da Cisne Negro Cia de Dança
Nesta sexta-feira, dia 27 de junho, a cidade de São José dos Campos novamente recebe a Cisne Negro Cia de Dança com uma programação totalmente gratuita, para levar ao palco as obras “Que Tal o Impossível?” — inspirada na trajetória de Itamar Assumpção — e “Lampejos: Uma Degustação Visual”. Além do espetáculo apresentado pelo elenco da companhia paulistana, a programação na cidade inclui na data workshop de dança e uma palestra, ambos também gratuitos. As ações fazem parte do projeto contemplado pelo EDITAL FOMENTO CULTSP – PROAC Nº 23/2024 - PRODUÇÃO E TEMPORADA DE ESPETÁCULO DE DANÇA INÉDITO, do Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas.
Programação - No final da tarde, às 16h, Jorge Garcia, coreógrafo que idealizou “Que Tal o Impossível?” conduzirá um workshop de dança nomeado como “Desenho do Corpo”. A atividade conta com 30 vagas disponíveis por ordem de chegada e convida os participantes a explorarem os limites e possibilidades do movimento, por meio de exercícios que estimulam uma percepção ampliada do corpo e de sua relação com o espaço.
Às 18h, o público é convidado a participar da palestra sobre a vida e a obra de Itamar Assumpção, que contará com a presença de Iará Rennó, — cantora e compositora que iniciou sua carreira ao lado de Itamar como backvocal de sua banda. A programação do espetáculo inicia às 20h onde o público confere a apresentação de “Lampejos: Uma Degustação Visual” e “Que Tal o Impossível?” na sequência.
Criada em 2022 por Andressa Miyazato, “Lampejos: Uma Degustação Visual” é uma obra que transita entre memórias, afetos e referências culturais. Com forte inspiração na dança Butoh — estilo originado no Japão —, a coreografia reflete as vivências da artista, incluindo sua passagem de sete anos pela Cisne Negro e sua trajetória internacional na Áustria. A trilha sonora é assinada pelo multi-instrumentista francês Jean-Jacques Lemêtre, também compositor de obras para o Théâtre du Soleil. Assim como acontece na coreografia, a sonoridade da montagem carrega elementos da música asiática, misturados aos sons das memórias afetivas da coreógrafa.
Na sequência, sobe ao palco o espetáculo “Que Tal o Impossível?”, criação que nomeia a programação e é inspirada na música homônima de Itamar Assumpção. A obra mergulha no universo sonoro e poético do artista, combinando movimentos contemporâneos, sensibilidade e ludicidade. A montagem celebra a diversidade e a efervescência cultural de São Paulo, com cenários que remetem à vida noturna da metrópole e uma trilha vibrante que dialoga com a estética singular de Itamar.
Após a apresentação, a Cisne Negro promove uma roda de conversa de 30 minutos com o público, compartilhando detalhes do processo criativo e as inspirações que deram vida às obras.
SERVIÇO
Data: 27 de junho de 2025
Local: Casa de Cultura Cine Santana
Endereço: Avenida Rua Barbosa, 2005 - Santana - São José dos Campos
Capacidade:
Atividades gratuitas – Vagas por ordem de chegada - Retirada de convites 1 hora antes da apresentação
FICHA TÉCNICA: QUE TAL O IMPOSSÍVEL?
Direção Artística: Dany Bittencourt
Concepção e coreografia: Jorge Garcia
Trilha Sonora: Maurício Badé
Mixagem: Bruno Buarque
Participação Especial: Anelis Assumpção e Rubi Assumpção
Curadoria Musical: Anelis Assumpção
Cenografia: Leo Ceolin
Iluminação: Rossana Boccia
Figurino: João Pimenta
Sobre Jorge Garcia
Responsável pela coreografia de "Que Tal o Impossível?", Jorge Garcia é um dos grandes nomes da dança contemporânea brasileira. Iniciou seus estudos em 1991, em Recife. Em 1995 integrou a Cisne Negro Cia de Dança, e, em 1997, passou a atuar no Balé da Cidade de São Paulo, onde também coreografou obras como Divinéia (2001), Desatino do Norte, Desatino do Sul (2003), R.G. (2006), T.A.T.O. (2012) e Árvore do Esquecimento (2015). Em 2005, fundou a Jorge Garcia Companhia de Dança, com um repertório vasto que inclui peças como Um Conto Idiota, Caixa de Vidro, Take a Deep Breath e Plano Sequência.
Garcia também colaborou com importantes nomes da cena internacional, como a coreógrafa alemã Constanza Macras, e participou da estreia de Água, obra de Pina Bausch, no Tanztheater Wuppertal. Coreografou para cinema, teatro, óperas e espetáculos de rua, com destaque para Carandiru, de Hector Babenco, e Anna, de Heitor Dhalia. Desenvolve, desde 2003, um trabalho de pesquisa em improviso, vídeo e performances urbanas com o grupo GRUA – Gentlemen de Rua, em cidades do Brasil e da Europa.